Disign de moda
Em 1958, a descoberta de Çatal Hüyük, feita pelos arqueólogos James Mellaart, Alan Hall e David French na Anatólia, Turquia, revolucionou todo o conhecimento da história da moda e civilização. A história da moda na Antigüidade começava com os sumérios e egípcios. Até então pensava-se que comunidades com mais de 4.000 anos eram nômades, caçadores vestidos de peles, com a única intenção de sobrevivência, sem a menor preocupação com a moda ou a arte. Çatal Hüyük mudou a visão da moda na comunidade acadêmica, abriu lugar para interrogações mais audaciosas e surpreendentes.
As habitações mostravam o papel de destaque da mulher: eram funcionais, com plataformas nas paredes que faziam a vez de camas. A mais importante era a da dona da casa, que ocupava um lugar de destaque no ambiente familiar. Já aquela destinada ao homem era de dimensões mais reduzidas e ocupava um canto da peça.
Tecidos
Esta era uma sociedade que dava muitissimo valor à moda, como é possível confirmar pela existência das joias de cobre e chumbo, das vestimentas em tecidos coloridos com tinturas vegetais, fivelas de cinto, esteiras e tapetes finamente tecidos. Outro exemplo antigo da preocupação com a moda são as peças de obsidiana e âmbar com cerca de 10.000 anos de idade. O cobre era usado há 10.000 anos para a fabricação de jóias, apenas há 4.000 anos passou a ser utilizados em peças mais utilitárias como armas e ferramentas
Design de moda no Brasil
O design de moda no Brasil tem evoluido nas últimas décadas. Na décadas de 60 e 70 um nome marcante foi a Zuzu Angel. Recentemente nomes como Carlos Tufvesson, Fause Haten, Walério Araújo e Alexandre Herchcovitch vêm contribuindo para a área. No segmento de acessórios (adorno)o belorizontino Roberto Staino[1] vem se destacando como promessa para a segunda década pós 2000.
Há curso de Design de moda nas seguintes Faculdades/Universidades, dentre outras: centro universitário Belas Artes (SP), Universidade Anhembi Morumbi (SP), Senac (SP), Santa Marcelina (SP), Unipar - Universidade Paranaense no campus de Cianorte (PR), Faculdades Integradas Camões (PR), Universidade Fefisa (SP), Universidade Uniban (SP), Senai Cetiqt (RJ),Univali (SC), Universidade Estadual de Londrina (PR)e Celer faculdades (Xaxim- SC)e mais recentemente, em 2004, a USP começou a oferecer o curso de "Têxtil e Moda" no campus USP Leste da capital também conhecido como EACH - Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Em 2009 a USC (Universidade do Sagrado Coração), localizada em Bauru-SP abriu o cursoo de "Design de Moda". Em Minas Gerais, a UFMG também oferece o curso de Design de Moda.
Prêt-à-porter
Nos anos 1960´chega e se instala o Prêt-à-porter; moda produzida em escala industrial; no Brasil, destacando-se São Paulo e Rio de Janeiro.
Até então este universo pertencia às costureiras de bairro, alfaiates e "masons" localizadas no centro da cidade, as famosas casas de moda de alta costura como a "Vogue"; na Avenida Paulista onde as descendentes de famílias tradicionais e quatrocentonas buscam modelos europeus e brasileiros.
Até então a compra de tecidos nacionais e principalmente os importados da França, Itália junto com figurinos e magazines é que orientavam e diziam o que e como usar. É a partir da produção das coleções industrializadas que dá-se o início da organização profissional da moda que conhecemos na atualidade.
Instala-se no Brasil, as primeiras marcas internacionais de moda. A marca Levi´s; marca de jeans e sportswear, é uma das pioneiras na estruturação de um parque industrial com sede em Cotia, a implementar um caráter de "grande negócio". Atua com rigor e traz tecnologias em processos e procedimentos que aceleram e inovam a visão e valoriza as qualificações profissionais para os trabalhadores da industria da moda. É a partir dos anos 1970´que se inicia a formação de "Coordenadores de moda" e de "estilistas", e é nos 80´que se elaboram os primeiros cursos de moda, ainda com caráter técnico e que pelo sucesso e interesse em menos de 10 anos já se espalham por todo o Brasil como cursos universitários e especializações cada vez mais sofisticadas.
Os primeiros grupos de pesquisa se formam através do encontro de profissionais que abrem caminho e através do dia a dia das atividades vão consolidando procedimento e definindo padrões que vemos amplamente elaborados pelos profissionais atuais.
A demora para absorver as inovações propostas em qualquer setor é de no mínimo 5 anos depois de lançado no exterior.
Design alternativo
Existem também iniciativas individualistas bem perceptíveis no Mundo Ocidental de alterações de peças de roupa e de caçados pós-lançamento no mercado. Alguns exêmplos disso são a imagem punk que encorpora o nativismo tradicional, como o penteado indígena iroqüá norte-americano moicano (ver mohawk) com a decadência urbana moderna, como sapatos esportivos e roupas 'usados', trazendo adesivos e marcas (i.e com mensagens de vida, política, subversão social, etc.) muitas vezes nelas postas simplesmente em caneta; e também o visual grunge, no qual se celebra o caipirismo interiorano do nordeste dos Estados Unidos, ao mesmo tempo, se somando a ele o estilo de vida citadino (ver, por exemplo, Kurt Cobain, Seattle